Porque já sinto a saudade da tua voz a cantá-lo, e porque “essa estranha forma de cantar” e a tua família, foram a razão da tua alegria de viver e do teu medo de morrer.
Um fado para ti!
Os dias passaram e a decisão sobre o que escrever, depois desta prolongada ausência, tem sido difícil. As palavras, essas, não existem para definir o sentir.
Estou aqui, mas decidi que não vou falar sobre a morte. Muito menos sobre a tua, que foi dura, lenta e muito dolorosa (já estou a falar…). Não é justo! Estou zangada!
Estou triste, mas sorrio todos os dias, apesar da dor e da saudade, que sei que vai crescer.até ser abafada pelo tempo.
Perdoa-me pai, mas a partir de agora só vou falar da vida, daquela que todos os dias, rindo e chorando, me esforço por construir e que, um dia, tal como tu, vou deixar.
Até lá, vou aproveitar tudo o que de bom a vida ainda tem para me dar.
Beijo da tua “raínha”